Prudentópolis

Seguro da lavoura evita prejuízo ainda maior para fumicultor de Prudentópolis

A plantação do produtor Marquiano Corelo foi severamente atingida por granizo em outubro e resultou em uma perda significativa na produção

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Com o clima cada vez mais instável e agressivo, seja com excesso de chuva ou altas temperaturas, o produtor rural precisa estar bem amparado de um seguro rural para minimizar possíveis prejuízos com a produção agrícola. Em outubro, o Paraná teve muitos estragos e áreas urbanas e rurais, com perdas na agricultura que ainda estão sendo contabilizadas pela Secretaria de Estado de Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Em Prudentópolis, na Linha Matão, o fumicultor Marquiano Corelo foi um dos diversos que tiveram a lavoura impactada no último mês. Os pais do produtor iniciaram o cultivo do tabaco em 1991, e ele dá continuidade no trabalho, de onde vem a renda da família, composta por ele, a esposa Gisele Kanarski Corelo e os dois filhos, uma menina de 6 anos e um menino com 1 ano e 4 meses.

“Esse ano, com esse tempo muito chuvoso tivemos várias ocasiões que vem causando prejuízo, como alagamentos na lavoura, encharcamento, perda de solo com adubação, mas o que nos trouxe muito prejuízo foi uma forte chuva de granizo no dia 16 de outubro. Essa chuva de granizo trouxe para minha propriedade, onde cultivo 80 mil pés de fumo, um prejuízo avaliado em 70 mil reais, mesmo minha lavoura sendo assegurada pela Afubra. Caso contrário, o prejuízo passaria dos 120 mil”, contou o fumicultor.

Segundo ele, como a lavoura estava assegurada, haverá um reembolso de cerca de 40 mil reais. “Isso vai ajudar e muito com o pagamento das despesas com a companhia que me financiou nos custos do cultivo”, disse.

Para Marquiano, é muito importante estar com a lavoura assegurada, já que essa não foi a primeira vez em que teve significativas perdas na produção. “Nos últimos três anos passados tive perda por causa do granizo, com menos intensidade, e todas as vezes fui reembolsado”, garantiu. Desde que ele e os pais iniciaram a trajetória na cultura do tabaco, a propriedade sempre contou com o seguro.

Perspectivas

De acordo com o produtor, eles conseguiram recuperar um pouco da lavoura, colhendo o que sobrou do fumo, para pagar outras despesas, como parcelas de trator e estufas. “A esperança é que ano que vem não deixarei de trabalhar com essa cultura, pois minha propriedade é pequena e o fumo consegue dar um bom retorno, se não acontecer essas intempéries climáticas”, afirmou.

Prejuízo bilionário
No Paraná, o prejuízo projetado é de quase R$ 560 milhões, perdendo 31 mil toneladas do produto. Em Santa Catarina, segundo maior produtor do País, a cultura foi uma das mais atingidas. A estimativa do governo do estado é de de R$ 429 milhões de prejuízos.

*Redação/Daiara Souza
Foto: Arquivo Pessoal