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Pecuarista de Teixeira Soares vê preço do leite como desafio

Para o produtor Carlos Rafael Schapuis, a queda no custo de produção não foi tão acentuada quanto a do preço do litro de leite

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Para o produtor Carlos Rafael Schapuis, a queda no custo de produção não foi tão acentuada quanto a do preço do litro de elite

Há 2 anos atuando na produção leiteira, o jovem produtor Carlos Rafael Schapuis (22 anos) de Teixeira Soares, já conhece de muito perto os desafios da pecuária de leite. Antes, Carlos trabalhava com os pais e tios em outra prioridade da família, mas com produção de grãos.

“A gente tem em torno de duzentos e dez animais, sendo uma média de 80 em lactação. A estimativa nossa é chegar a 100 até o final do ano”, comentou ao AgroRegional. O produtor destaca que a variação do preço pago aos produtores é o problema da atividade.

Neste ano, por exemplo, ele avalia que o resultado financeiro não está sendo o esperado. “Sempre nesta época de inverno, era época da gente construir o caixa da propriedade, que é quando tínhamos os melhores preços com os custos mais baixos. Mas esse ano a gente teve uma uma queda no que o laticínio paga pra nós e a produção não teve essa queda, tanto como ração, outros minerais, a gente teve uma baixa, mas não foi uma baixa tão acentuada, quanto o preço do leite”, relatou Carlos. A comercialização do leite produzido na propriedade é feita via laticínio com pagamento quinzenal.

Foto: Arquivo Pessoal

A visão de Carlos é compartilhada por boa parte dos pecuaristas. O boletim semanal da conjuntura da agropecuária paranaense do dia 6 de julho traz como destaque a preocupação dos produtores tanto com o preço do leite, quanto do aumento das importações de lácteos.

De janeiro a maio de 2023, o Brasil quase triplicou o número em relação ao mesmo período de 2022, passando de 38.000 para 110.000 toneladas. “Os principais países exportadores são a Argentina e o Uruguai, que conseguem vender seus produtos a preços significativamente mais baixos: enquanto o leite brasileiro é comercializado por cerca de 55 centavos de dólar, o argentino e o uruguaio custam até 15% menos”, detalha o relatório emitido pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Os produtores do Paraná enfrentam a primeira queda no preço recebido por litro de leite desde janeiro, com uma redução de 2,8% na média mensal entre maio e junho, caindo de R$ 2,92 para 2,84. Mas conforme o documento da Secretaria, ao analisar a relação de troca entre o litro de leite e a saca de milho/soja, a situação ainda é mais favorável para os produtores que no mesmo mês do ano passado. “Isso se deve à desvalorização desses insumos, que representam uma parte significativa dos custos de produção”, aponta o boletim.

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Além do leite, o produtor de Teixeira Soares trabalhava com criação de machos, mas com o objetivo de focar nas fêmeas para garantir um melhor retorno, a atividade acabou ficando em segundo plano.

Além de Carlos, três colaboradores atuam na propriedade. O produtor comenta ainda que sempre está tentando melhorar a produção e uma das formas é participando de treinamento em eventos do setor. Além disso, ele compartilha o dia a dia da propriedade e do manejo com os animais através do instagram. Para acompanhar é só seguir o perfil @leiteria_fagundes.

*Redação

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