Pitanga

Produtor de Pitanga aposta na integração entre lavoura e pecuária

Fabiano Mendes de Lucca cultiva soja e milho, trabalha com gado de corte e atua na produção leiteira

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Em Pitanga, região Centro do Paraná, o produtor rural e médico veterinário Fabiano Mendes de Lucca tem apostado na dobradinha do agro. A propriedade está localizada na localidade de Rio São Berto e Rio do Tigre, já dentro do município de Santa Maria do Oeste, e tem trabalho em pelo menos três frentes.

“Na agricultura faz pouco tempo, cinco anos que comecei. Meu pai era médico e tinha a propriedade com gado de corte, bem extensiva e com baixo investimento. Sempre acompanhei ele e acabei por me formar em medicina veterinária, de lá pra cá, há 16 anos, comecei a aperfeiçoar essa pecuária de corte utilizando tecnologias reprodutivas e nutricionais e comecei com o gado de leite também”, disse Fabiano em entrevista ao AgroRegional.

Com o passar dos anos ele passou a integrar a atividade com os bovinos às lavouras e gostou do resultado. “Aumentei as áreas de lavouras e acabei mantendo as outras atividades juntas, o que foi um acerto ao meu ver”, comentou.

Segundo ele, a lavoura é mais rentável, porém, uma atividade complementa a outra. “O leite, como é mensal a entrada de dinheiro, acaba ajudando nos gastos diários. Aí o gado e a lavoura que são sazonais as entradas, um ajusta o outro. Acredito que as duas atividades sempre são benéficas, porque caso uma entre em queda ou algo parecido, tem a outra para complementar”, destacou o produtor.

O pitanguense faz parte da nova geração do agro cada vez mais coloca tecnologia como parte essencial da produção. “É importantíssima no campo, cabe muito a ela esses aumentos na produtividade que vem se mostrando maiores a cada ano. Sempre tento participar de palestras, dias de campo e estar por dentro de novas tecnologias”, afirmou.

PRODUÇÃO

Atualmente a Fazenda Fortaleza trabalha com soja e milho, culturas de verão. “Inverno o pasto é para o gado, não faço cultura de inverno”.

No caso da soja, Fabiano já iniciou a colheita em uma área, mas também tem uma parte mais atrasada. Ao comentar os ciclos anteriores, ele compara as questões de produtividade e preços em relação a safra atual. “Ano passado foi muito ruim, devido a seca na região foi um ano de pouca produtividade, porém, o preço estava melhor. Já ano retrasado foi muito boa a produção. Este ano promete ser ótima a produtividade, porém, o preço está em queda e o custo da lavoura que estamos colhendo é altíssimo, o maior dos últimos anos. Isso deixa a gente preocupado”, frisou o agricultor.

Este ano o produtor não pretende fazer grandes mudanças na propriedade por entender que há uma instabilidade política e econômica que pode trazer prejuízos. “A tendência é aguardar e ter muita cautela em novos projetos e investimentos”.

Foto: Arquivo Pessoal

PERFIL

A cultura da soja segue sendo a mais representativa no município de Pitanga, com 47% do Valor Bruto de Produção (VBP), conforme o último relatório emitido pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) com base na produção de 2021.

O VBP do município foi estimado em R$971.888.063,21. O leite é o segundo maior responsável pelo valor, ficando com 15%, seguido pela silagens com 7% e bovinos de corte (7%). Na sequência aparecem o milho e trigo com 5% cada, bezerros, garrotes e vaca para cria com 2% cada e bezerras representado 1% do VBP total do município.

*Redação/Daiara Souza

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