O Colégio Imperatriz Dona Leopoldina celebrou um marco histórico: os 50 anos do Curso Técnico em Agropecuária. A comemoração contou com um bate-papo especial no auditório do Centro Cultural Mathias Leh, reunindo professores, alunos e ex-alunos para relembrar momentos marcantes e discutir a importância da formação técnica na agricultura. Entre os convidados estiveram Jefferson Caus (ex-coordenador) e André Spitzner (ex-aluno e ex-professor), que iniciaram suas carreiras no curso e atualmente atuam como superintendentes da Cooperativa Agrária.
Desde sua fundação em 1974, o Curso Técnico em Agropecuária tornou-se referência na formação de profissionais para o setor agrícola. Com foco na prática e na inovação, o curso acompanha as transformações tecnológicas e as demandas do mercado, formando gerações de técnicos que contribuíram para o desenvolvimento da região de Entre Rios e de outras localidades.
A história do curso é marcada por nomes importantes da educação e do setor agropecuário. Com cerca de mil estudantes formados ao longo de sua existência, o curso capacita profissionais, ao mesmo tempo em que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico da comunidade de Entre Rios e região. Segundo Hildegard Stecher Teixeira, veterinária e ex-aluna, que se destacou como uma das primeiras mulheres a cursar a formação, a formação é fundamental para o fortalecimento das propriedades rurais familiares e a profissionalização da gestão agrícola. “Muitos dos nossos alunos tornaram-se gestores de propriedades ou funcionários qualificados, que ajudam a modernizar e otimizar a produção agropecuária”, destacou.
O diretor do Colégio Imperatriz, Ricardo Vieira da Silva, enfatiza a necessidade de manter o curso sempre atualizado. “Nosso compromisso é garantir que os alunos tenham acesso às técnicas mais modernas e saiam preparados para os desafios do setor”. O colégio conta com uma área experimental onde os alunos podem realizar testes, experimentar estratégias de cultivo e operar maquinários avançados. “Além disso, foram promovidas visitas técnicas a propriedades rurais, empresas do setor e cooperativas, como a Agrária, para aprofundar o conhecimento dos estudantes sobre o funcionamento da cadeia produtiva”, avaliou a coordenadora do Curso Técnico em Agropecuária, Aline Edelwein.
Ao longo das décadas, o curso adaptou-se às novas exigências da agricultura moderna. Em 2019, passou por uma reforma curricular que reduziu a duração de quatro para três anos e implementou um modelo híbrido de ensino, com aulas presenciais aos sábados e conteúdo à distância. Essa mudança possibilitou maior flexibilidade para os estudantes, muitos dos quais já trabalham no setor.
Lucas Diego de Ramos, aluno do curso e funcionário da FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), destacou a qualidade da formação. “Os professores são excelentes e a estrutura é incrível. Os laboratórios e as áreas de ensaio são diferenciais importantes”, afirmou.
A integração entre teoria e prática é um dos pontos fortes da formação.
O futuro do curso promete mais inovações. Em 2025, um novo currículo será implantado, incorporando disciplinas voltadas à agricultura de precisão, gestão ambiental e inovação tecnológica no campo. “Estamos sempre buscando formas de evoluir, garantindo que nossos alunos tenham uma formação de excelência”, conclui Ricardo Vieira.
A celebração dos 50 anos do Curso Técnico em Agropecuária proporcionou simultaneamente um momento de retrospectiva e de projeção para o futuro. Com um legado de meio século, o Colégio Imperatriz reafirmou seu compromisso com a educação de qualidade e o desenvolvimento do setor agropecuário.
*Assessoria