Produtores de feijão preto receberam uma média de R$ 306,88 por saca neste setembro, valor 30% superior ao praticado em agosto (R$ 236,83) e 36% superior ao praticado em setembro de 2023 (R$ 225,43). Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgados nesta quinta-feira (3) no Boletim Semanal da Conjuntura da Agropecuária Paranaense.
Segundo o Departamento, a alta recente motivou ainda mais a aposta na primeira safra de feijão pelos produtores paranaenses, estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade desta área está semeada e, quando chegar ao fim, ela deve ser 29% superior à semeada entre agosto e dezembro de 2023.
Ainda conforme o Deral, caso o tempo ajude, há possibilidade de se produzirem 266,8 mil toneladas no Paraná, uma oferta 66% superior às 160 mil colhidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, no período que é conhecido como primeira safra ou safra de verão.
O boletim desta semana destaca que um dos motivos para o aumento atual de preços é a expectativa de que se mantenham as exportações de feijão preto para outros países da América Latina, como México e Venezuela. Cada um desses países recebeu mais de 10 mil toneladas originadas no Paraná. Essas exportações, atípicas, fazem com que o Paraná tenha aumentado sua participação no comércio exterior para o produto e se aproximem do Mato Grosso, maior exportador nacional.
*Redação e Seab
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