A colheita da primeira safra de milho atingiu 2% no Paraná. As lavouras estão sendo colhidas com boas produtividades, indicando uma boa oferta. Apesar da área ter diminuído 11%, passando de 294 mil para 261 mil hectares, a expectativa é de que a produção supere em pelo menos 5% os 2,52 milhões de toneladas obtidos no verão de 2024, atingindo 2,65 milhões nesta primeira safra. Estes números de área e produção foram levantados em meados de dezembro e serão atualizados na última quinta-feira de janeiro (30).
Espera-se que a produtividade se mantenha acima de 10.000 kg/ha e, eventualmente, supere o recorde registrado em 2023, quando a média colhida foi de 10.263 kg/ha. Apesar das condições de lavoura atualmente estarem melhores que no ano do recorde, com 93% em boas condições ante 80% para o mesmo momento em 2023, é importante lembrar que mais da metade das lavouras ainda está em fases suscetíveis a perdas, podendo gerar revisões futuras.
Ainda assim, a probabilidade de que as produtividades ao menos superem as do ano passado (8.577kg/há), quando a seca prejudicou a safra, é muito grande. O que explica esse otimismo é a concentração das lavouras ao Sul do Paraná, que responde por 68% da área ocupada por milho nesta primeira safra. A região Sul do Paraná registrou mais chuvas e menos dias de calor excessivo que o restante do Paraná, favorecendo a obtenção de boas produtividades nesta safra, inclusive de outros produtos, como feijão, tabaco, milho para silagem e soja.
Mesmo que confirmada a boa produção, a safra de verão tem uma oferta limitada. No ano anterior ela forneceu 17% do milho produzido no estado, com os outros 83% provindos da segunda safra. Os trabalhos de plantio desta estão ganhando força, com a evolução da colheita da soja (8%) e a volta das chuvas de forma mais homogênea. Estima-se que o plantio tenha atingido 3% da área de 2,56 milhões de hectares até a última segunda-feira. A expectativa é produzir 15,5 milhões de toneladas apenas na segunda safra, com a colheita concentrada a partir de junho.
*Seab