Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o abate de bovinos no Brasil cresceu 14,8% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Esse aumento contrasta com a forte valorização do preço da arroba iniciada em setembro, criando um cenário desafiador para os produtores, especialmente no mercado de reposição.
O alto preço da arroba reflete diretamente nos custos de reposição. O bezerro, principal insumo para renovação do rebanho, atingiu o maior preço desde o início de 2023, cotado a R$ 2.545,04. Este cenário preocupa os pecuaristas, que veem o impacto desse custo se prolongar até 2025.
Além disso, o abate significativo de fêmeas nos últimos anos agrava a situação. Com a redução no número de matrizes disponíveis para reprodução, a oferta de bezerros diminui, sustentando os preços elevados no mercado de reposição.
Embora o mercado internacional continue a oferecer oportunidades, os custos crescentes de reposição e o poder de compra limitado da população brasileira impõem desafios ao setor. A longo prazo, estratégias de manejo e planejamento serão essenciais para que os produtores consigam manter a sustentabilidade econômica de suas atividades em meio a um cenário de alta volatilidade.
*Redação com informações da Seab
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