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Virmond ganha unidade de cortes nobres de caprinos e ovinos

Haverá agregação de 25% a 30% de valor nos produtos, beneficiando os produtores cooperados

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A Cooperativa de Criadores de Caprinos e Ovinos (Caprivir), de Virmond, inaugurou nesta quinta-feira (13) a Unidade de Cortes Nobres de Caprinos e Ovinos. O empreendimento foi financiado pelo Governo do Estado por meio do programa Coopera Paraná, operacionalizado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A cooperativa recebeu R$ 600 mil do Tesouro do Estado (R$ 188 mil para investimento e R$ 412 mil a título de custeio) e deu contrapartida de R$ 210,7 mil, em parceria com o município (sendo R$ 174,5 mil em equipamentos e R$ 36,2 mil em recurso financeiro). Desse valor sobraram R$ 62 mil que serão investidos em uma botique para exposição dos produtos. Antes a Caprivir já tinha recebido recursos do Coopera Paraná no valor de R$ 186 mil para a compra de um caminhão e de um ultrassom. 

Os investimentos possibilitaram que a organização contasse agora com toda estrutura e equipamentos de ponta para vários tipos de cortes nobres e trabalho com subprodutos. Para o início dos trabalhos e começo da entrega das carnes, na próxima quinta-feira (20) a mercados de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu, foram empregadas sete pessoas, mas já há estudos para ampliação. A capacidade total é para processar 1.600 quilos por dia. O abate é realizado em Cantagalo.

Com isso haverá agregação de 25% a 30% de valor nos produtos, com faturamento inicial de R$ 110 mil por mês. A previsão é aumentar mês a mês até chegar a R$ 2 milhões anuais dentro de um ano e meio. Até agora a cooperativa comercializava em torno de 160 animais por mês para abatedouros. 

“Se cada vez que colocássemos 600 mil tivéssemos esta resposta, coloríamos o dobro“, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. Segundo ele, o Coopera Paraná está à disposição de todas as associações e cooperativas da agricultura familiar que cumprirem os critérios do programa e que podem fazer diferença na vida das pessoas. “No que pudermos ajudar, contem conosco, queremos ser parceiros”, reforçou. 

Para o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, a união entre setores público e privado foi a responsável pela obra da Caprivir. “Quando a gente quando tem um sonho, ele nos move.  Pode receber muitos não, mas o sonho continua. Vocês perseveraram desde o início”, afirmou.

O projeto de agregar valor ao produto era acalentado desde 2016, segundo o presidente da Caprivir, Vilson Antônio Buskevicz. “Agora vamos agregar pelo menos 35% no valor final do produto comercializado, o que beneficia os produtores”, afirmou. “É uma segurança a mais para os produtores investirem em caprinos e ovinos, atender as demandas e aumentar a renda nas propriedades”.

De acordo com o prefeito de Virmond, Neimar Granoski, o terreno onde a cooperativa instalou a sala de cortes, às margens da BR-277, foi adquirido pela prefeitura e repassado como cessão de uso à Caprivir. “Somos parceiros desse projeto, que é um incentivo não apenas aos produtores de Virmond, mas para os demais municípios”, afirmou. “O importante na vida é ter credibilidade e a Caprivir tem credibilidade em pelo menos 20 municípios da região”.

CAPRIVIR

A cooperativa nasceu como associação em 2005 e desde 2019 transformou-se em cooperativa, com o objetivo de comercializar a produção na forma de carnes nobres. Atualmente é referência na criação de caprinos de raça bôer e ovinos dorper, santa inês, texel e ilê-de-france. O plantel conta com mais de mil matrizes caprinas e 1.500 ovinas, que são criados pelos 65 associados. 

Com excelência em manejo e genética, além dos cortes com menos ossos e gorduras e alto teor de proteína e ferro, está pleiteando desde dezembro de 2023 a Indicação Geográfica de Procedência.

Para reduzir as despesas com energia na nova unidade fabril, a cooperativa fez parceria com a Itaipu Binacional, que investiu R$ 160 mil para compra e instalação de um sistema de energia fotovoltaica, gerando em torno de 6.500 quilowats de energia e possibilitando economia de R$ 5 mil por mês. 

*AEN-PR

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