Palmeira

Tecnologia e sucessão familiar na produção de leite são pautas de evento em Palmeira

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O fortalecimento da bovinocultura leiteira depende de investimento em tecnologia e do interesse dos jovens no campo. O assunto foi tema da abertura do Simpósio de Produção de Leite da Cooperativa Witmarsum, em Palmeira, na última sexta-feira (02). A 15ª edição do evento teve como tema “Futuro, a Tecnologia em Nossas Mãos”, e reuniu especialistas do setor com palestras sobre estratégias para otimizar a produção leiteira.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, falou sobre a expressão da atividade no Estado. “O Paraná hoje é respeitado pelo seu agro, pela sustentabilidade que demonstra nas suas ações. É a segunda maior bacia leiteira do Brasil. Mas tem muito ainda para crescer, tanto na ponta do agro mais desenvolvido, quanto dos agricultores familiares. Quem resolve isso é a tecnologia”, enfatizou o membro da secretaria.

Souza defendeu o desenvolvimento de iniciativas que mantenham os jovens no campo e gerem mais renda e qualidade de vida. “Uma coisa que nos atrai muito para esse evento é a visão de empoderamento dos jovens, e a gente quer copiar um pouco disso para o Estado, com programas como o Rota do Progresso. É fundamental que o jovem fique no rural, mas por opção, e não por exclusão. E a tecnologia pode ser decisiva para tornar o serviço menos pesado”, complementou.

A produção de leite no Paraná teve um ligeiro crescimento em 2023: foram 4,5 bilhões de litros que geraram R$11,4 bilhões para o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) estadual, uma alta de 7% em comparação com 2022. O preço pago ao produtor também foi maior, registrando 22,6% de alta ante o ano anterior. Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral). A região dos Campos Gerais se destaca. Os três principais produtores estaduais seguem sendo Castro, Carambeí e Arapoti.

INOVAÇÃO –  Com 71 anos de tradição, a Cooperativa Witmarsum também é referência na produção de leite no Paraná, em especial na fabricação de queijos finos, com prêmios nacionais e internacionais. O presidente da Cooperativa, Artur Sawatzky, disse que o evento tem o objetivo de promover o crescimento e a sustentabilidade. “Desde o início nós nos preocupamos em trazer tecnologias que sejam aplicáveis da porteira para dentro. Também temos muitos desafios na área da sucessão e não podemos deixar esse tema de lado, porque está cada vez mais difícil manter os jovens na propriedade”, disse Sawatzky.

Segundo o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, as cooperativas paranaenses estão trabalhando para atingir um faturamento superior a R$ 300 bilhões em 2026. Em 2023, o faturamento foi de R$ 202 bilhões. “É uma grande responsabilidade, um reflexo do que tem sido investido”, disse o representante da Ocepar.

EXEMPLO – Os produtores Astrit Ewert e Dieter Ewert vêm de famílias tradicionalmente ligadas ao campo. Segundo Dieter, um dos filhos já está interessado em continuar nos negócios. Eles produzem leite e grãos em uma propriedade de 100 hectares, que tem estrutura para chegar a 300 animais.  “A tecnologia é muito importante não somente para os jovens, mas para nós. Nós também queremos um trabalho mais facilitado. Sempre tem o que melhorar, então esse evento agrega bastante”, avalia Astrit.

PRESENÇAS – Também participaram o prefeito de Palmeira, Sergio Belich; o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Richard Golba; o gerente estadual de Cadeias Produtivas do IDR-Paraná, Hernani Alves da Silva; o chefe da unidade regional da Adapar em Ponta Grossa, Luiz Antônio Scheuer, além de servidores do Sistema Estadual de Agricultura.

 

IDR-PR com edição.

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