Duas leis, propostas pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) contribuíram para potencializar a produção do Porco Moura e hoje o Paraná é a principal referência na criação da raça brasileira, uma carne nobre que ganha mercado no País. “
Em 2014, eram 625 animais remanescentes da raça. Em 2024, foram encontrados 3,5 mil porcos nos três estados do Sul, dos quais mais de 2,6 mil no Paraná. Hoje, os rebanhos já são identificados em diversas regiões – principalmente no Sul, Sudoeste, Campos Gerais, Centro e Região Metropolitana de Curitiba – e em pelo menos 21 municípios paranaenses. “As leis funcionam como um estímulo à criação da espécie, que tem uma carne totalmente diferenciada em relação ao suíno industrial”, disse o deputado.
Leis
São duas leis paranaenses. A lei 22.297/24 reconhece o Porco Moura como Patrimônio Histórico, Cultural e Genético do Paraná. E a 22.193/24 institui a Semana Estadual dos Porcos Crioulos no Calendário Oficial de Eventos do Estado e passa a ser comemorada na terceira semana de maio.
Romanelli explicou que a elaboração das duas legislações contou com o apoio de pesquisadores da UFPR e da UEPG, além de produtores, da Associação de Criadores do Porco Moura do Paraná, de órgãos do sistema estadual de agricultura (Seab, IDR-PR, Adapar), Defensoria Pública do Paraná e Secretaria Estadual da Cultura, além de entidades que representam o setor privado.
A UFPR aponta que cerca de 74% da produção brasileira da raça é paranaense. A universidade tem o Projeto Porco Moura, de resgate e estímulo à criação da raça, criado em 1985 e encerrado no início dos anos 2000, mas que foi retomado em 2014.
*Alep com edição