Paraná

Preço de terras agricultáveis no Paraná teve redução de 5%

O maior preço de terra da classe A-I, considerada a melhor por ser plana, fértil, bem drenada e profunda, foi verificado em Maringá, no Norte do Estado, com R$ 175 mil o hectare.

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Os preços das terras agricultáveis no Paraná, classificadas no grupo A, tiveram redução média de 5% no levantamento feito em março deste ano comparativamente a março de 2023. Esse percentual foi influenciado pela menor rentabilidade conseguida pela soja, que é o principal valor de referência na comercialização das terras no Estado.

No entanto, a desvalorização não foi tão representativa quanta a sofrida pela soja. Em março do ano passado, a saca custava R$ 149,15, enquanto no mesmo mês deste ano estava em R$ 105,72, baixa de 29%. O custo de produção da mesma saca, que estava em R$ 122 no ano passado, passou para R$ 107,22 em 2024 (12% a menos).

Segundo o coordenador da Divisão de Conjuntura do Deral, Carlos Hugo Godinho, não é tanto o preço final conseguido pelo produtor em relação ao seu produto que pesa, mas o lucro que ele extraiu da propriedade. “A terra é um ativo muito importante e o que vale é a capacidade de retorno financeiro ao produtor”, disse.

Assim, o valor de um produto precisa ser olhado levando em conta outras variáveis. Se o preço da soja cair em um determinado ano e o custo de produção também tiver redução, o produtor ainda poderá, em muitos casos, ter a mesma rentabilidade. “Em um ano ruim como esse que passou, se o produtor conseguiu manter sua produção dentro da normalidade, teve lucratividade e a garantia de bom preço para suas terras”, salientou Godinho.

PARÂMETRO 

O levantamento, feito em março/2024 pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, foi publicado nesta segunda-feira (29). Ele pode ser usado por proprietários como parâmetro para negociações, além de ser balizador para outras entidades, como o Incra.

O maior preço de terra da classe A-I, considerada a melhor por ser plana, fértil, bem drenada e profunda, foi verificado em Maringá, no Norte do Estado, com R$ 175 mil o hectare. Já o menor valor nesse mesmo grupo, na classe IV, que é de menor aptidão agrícola, mas ainda mecanizado, está em Adrianópolis, município do Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de Curitiba, cujo hectare vale 20,5 mil.

“No entanto, esses dois extremos são exceções”, ponderou Godinho. Segundo ele, a média gira em torno de R$ 41 mil a R$ 96 mil para o hectare de soja, dependendo da estrutura que cada local do Estado apresente. Em 2023 a média tinha alternado entre R$ 60 mil a R$ 103 mil.

Confira o histórico de preços de terras 

*Seab

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