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A importância do seguro rural diante das incertezas climáticas

Foto: AEN-PR

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O seguro rural é uma ferramenta essencial para a sustentabilidade e proteção da agropecuária no Brasil. Diante das crescentes incertezas climáticas, sua relevância tem aumentado consideravelmente, proporcionando uma rede de segurança aos produtores em um cenário de riscos cada vez maiores.

O Brasil, sendo uma das maiores potências agrícolas do mundo, depende de um clima favorável para garantir a produtividade de suas lavouras. No entanto, eventos climáticos extremos, como secas, chuvas excessivas, geadas e vendavais, têm se tornado mais frequentes e intensos, ameaçando a produção rural.

Assim, o seguro rural surge como uma solução imprescindível para amenizar esses impactos. Ele oferece aos agricultores uma forma de compensação financeira caso ocorra perda de safra ou redução na produtividade em função de eventos climáticos adversos.

Além disso, o seguro rural contribui para a estabilidade econômica do setor agropecuário, que é um dos pilares da economia nacional. Ao reduzir os riscos financeiros para os produtores, o seguro estimula o investimento em novas tecnologias, impulsionando o crescimento da produtividade e a inovação no campo.

O seguro rural é um aliado indispensável para o produtor rural brasileiro. Ele não apenas protege o agricultor contra as oscilações do clima, mas também assegura a continuidade do agronegócio.

PECUÁRIA

A necessidade de proteger investimentos e garantir a estabilidade da produção não se restringe à produção agrícola.  Pecuaristas também podem e devem adotar seguros como uma medida preventiva essencial.

Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que a procura pelo Seguro Pecuário avançou 71,9% nos primeiros cinco meses deste ano, passando de R$ 31,6 milhões em 2023 para R$ 54,4 milhões em 2024. Goiás permanece na liderança dos estados com maior demanda pelo Seguro Pecuário, com arrecadação total de R$ 8,8 milhões e avanço de 141,0%.

O Seguro Pecuário, além de indenizar o produtor em caso de morte dos animais, também pode ser acionado quando os preços ao produtor caem abaixo de um limite mínimo acordado com a seguradora. Isso reduz o risco em períodos de alta volatilidade.

No entanto, a diferença é que o seguro pecuário exige que o produtor tenha animais vivos para vincular à apólice. Há, ainda, uma opção de seguro para as pastagens. As pastagens são fundamentais para a pecuária nacional, assim como a agricultura.

A Embrapa estima que o país tenha mais de 177 milhões de hectares de pastagens que servem para alimentar o gado e estão diretamente relacionadas ao rendimento dos rebanhos. No Brasil, cerca de 95% da carne bovina é produzida em regime de pastagens, assim, os eventos climáticos podem acarretar a redução da qualidade dos pastos, que se tornarão menos proteicos, mais fibrosos e, portanto, de digestão mais demorada.

 

*Redação e assessoria