Teixeira Soares
Produtor de Teixeira Soares investe em genética e manejo de ovinos de olho no mercado
Euri Adelar David faz o cultivo de soja e na pecuária trabalha com o gado leiteiro, mas a ovinocultura tem ganhado destaque na propriedade
Na Fazenda Sofia, na localidade de Faxinalzinho, em Teixeira Soares, o produtor Euri Adelar David, tem na soja o principal produto da propriedade, algo mais do que comum em grande parte do Estado.
“Todas as atividades dão retorno financeiro, porém, hoje a soja é o que nos dá maior retorno do investimento, mas é uma questão de momento do mercado agrícola, os custos de todas as atividades estão muito altos, precisamos ser eficientes e organizados para obtermos resultados positivos. Acreditamos que a diversificação de atividades dentro da propriedade minimiza os riscos”, afirmou o produtor em entrevista ao Boletim AgroRegional.
Outros setores têm despertado a atenção do produtor, principalmente por questões de mercado. “Hoje estamos investindo na ampliação da atividade leiteira e futuramente vamos investir nos ovinos”, conta.
Teixeira Soares teve em 2020 R$ 52.292.075,00 de Valor Bruto de Produção (VBP) municipal em relação ao leite. O dado é da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
A ovinocultura tem crescido na região e isso se revela pela procura dos produtores por cursos voltados para o manejo desses animais e pelos diversos eventos para os pecuaristas. “Nossas atividades principais são a bovinocultura de leite e a cultura da soja, mas temos um rebanho de 200 cabeças de ovinos da raça Texel, que estamos investindo em genética e manejo, pois observamos que tem mercado e ocupa pouca área na propriedade, sendo assim uma diversificação”, explica Euri.
NÚMEROS
Além dos 200 ovinos, a fazenda agrega ainda 200 ha de lavoura e 160 vacas na ordenha. Para dar conta do manejo dos animais e dos cultivos, Euri conta com a ajuda de oito colaboradores para desenvolver as atividades. “Valorizamos muito nosso capital humano, as pessoas são preciosas em todo o processo”, afirma.
Além disso, ele não abre mão da assistência técnica. “Valorizamos muito também nossos consultores técnicos, sempre pedimos orientações em relação às práticas produtivas”, pontuou Euri.
De acordo com ele, a produção da fazenda é negociada com as cerealistas, cooperativas e traidings da região.
RISCOS
“O clima é nosso maior desafio”. É o que aponta Euri. Ele relata que há dependência das condições climáticas para o sucesso da produtividade. Ainda assim, o agricultor busca meios para garantir o máximo possível da produção. “Buscamos minimizar esse risco por meio de escolhas de variedades adaptadas, correção de solo, seguro rural, plantio dentro do zoneamento agroclimático e prevenção de doenças no gado por meio de calendários de vacinação”, destacou o agricultor.
*Redação/Daiara Souza