O Paraná encerrou nesta semana a segunda safra de feijão, que se destacou em termos de volume. Segundo o DERAL/Seab foram semeados 328 mil hectares entre janeiro e fevereiro, o que rendeu uma produção de 526,6 mil toneladas.
A área do plantio foi 25% inferior à semeada no mesmo período em 2024 e a produção sofreu um recuo de 23%. Mesmo assim, a primeira safra já havia tido um desempenho de 338 mil toneladas, o que indica um aumento de 102% em relação ao ano anterior. Com isso, essas duas safras definem a oferta estadual, com a terceira safra representando uma relevância mínima.
A partir disso, o DERAL/Seab conclui que o feijão teve um recuo de 10% nas safras do ciclo 24/25, mas apresentou uma produção 2% superior, passando de 849 mil toneladas para 865 mil. Se esta projeção se confirmar, o Paraná alcançará um novo recorde em termos de volume e consolidará sua posição como líder nacional na produção de feijão em 2025, participando de um quarto da produção brasileira.
A oferta expressiva deve influenciar em uma queda nas cotações. A saca do feijão preto está atualmente cotada em cerca de R$121,00, valor 44% inferior ao registrado em julho de 2024 quando a média era de R$228,38.
Já as exportações de feijão (seco), que contribuíram para sustentar os preços em meados de 2024, totalizaram 17 mil toneladas, um volume 33% menor quando comparado com o mesmo período do ano passado (26 mil toneladas).
Existe a tendência de redução da área a ser plantada a partir de agosto deste ano, com relação à primeira safra 2025/26, por conta da maior disponibilidade interna.