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Novo status sanitário do Brasil facilita trânsito animal entre Estados
Assim como aconteceu com o Paraná há quatro anos, agora o Brasil é reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Com isso, os animais podem transitar em todo o território nacional, porém devem seguir as exigências para cumprimento das normas sanitárias.
Até a oficialização do novo status nacional, o ingresso de bovinos e bubalinos no Paraná estava restrito aos Estados do Acre, Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além de partes do Amazonas e Mato Grosso (locais que já tinham conquistado o selo da OMSA). Em relação ao restante do país, havia restrições ao ingresso de suínos, ovinos e caprinos no Paraná. Até então, era permitida a entrada desses animais, desde que acompanhados de exames negativos para febre aftosa e com carga lacrada pelo serviço oficial. Essas exigências agora não são mais necessárias.
“O Paraná tem a ganhar com o reconhecimento do Brasil como área livre de aftosa sem vacinação. A nível estadual, estamos há quatro anos trabalhando para abrir novos mercados. Agora, com o esforço do setor produtivo nacional em melhorar a robustez do sistema sanitário como um todo, os olhos dos mercados internacionais se voltam ainda mais para cá”, pontua Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP.
O que muda
Na prática, no dia a dia dos produtores rurais paranaenses, não há alterações em relação ao cumprimento das normas sanitárias. “O que está permitido é o trânsito, principalmente de bovinos e bubalinos, que antes só podiam vir de área livre.
Agora, há a possibilidade de circulação desses animais entre qualquer um dos Estados”, explica a chefe da Divisão de Controle da Rastreabilidade Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Maira Polatti Tomaz Sypniewski.
Para quem trafega pelas estradas com cargas de animais suscetíveis à febre aftosa continua obrigatória a comprovação dos cuidados sanitários, incluindo paradas nos postos de fiscalização agropecuária e a posse da documentação necessária impressa.
“Toda a movimentação de animais deve estar acompanhada da Guia de Trânsito Animal [GTA] e demais documentos sanitários exigidos, conforme as legislações federal e estadual vigentes”, afirma Maira. “Nossos produtores devem continuar seguindo os requisitos sanitários, pois são garantia de que o Paraná segue com um sistema sanitário robusto e eficaz”, complementa Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.
*Sistema FAEP