Produtores de feijão do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia agora contam com um indicador diário do feijão, que disponibiliza a média de preços nos mercados destes Estados. A iniciativa coordenada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e apoio do Sistema FAEP, busca mais transparência e suporte à tomada de decisões no setor. Os valores são publicados diariamente no site do Cepea.
O indicador abrange os preços da saca de 60 quilos dos feijões preto e carioca, levando em conta o tipo de produção de cada Estado. No Paraná, o foco será o feijão preto, já que o Estado é responsável por 70% da produção nacional.
Para estruturar a metodologia do indicador, o Paraná foi dividido em quatro microrregiões homogêneas. Com apoio do Sistema FAEP, o Cepea realizou um roteiro de reuniões presenciais nos sindicatos rurais de Castro, Clevelândia, Guarapuava, Mangueirinha, Pato Branco, Ponta Grossa e Prudentópolis, para coletar informações sobre as condições e os valores de negociação nas diferentes regiões.
Segundo Lucilio Alves, pesquisador do Cepea e responsável pelo indicador, com base na metodologia, o valor regional é obtido pela coleta diária de preços de negócio efetivos ou de ofertas de compra e venda. “Diariamente, o Cepea faz o contato com os produtores rurais e agentes compradores para coletar informações. Esses valores passam por um tratamento estatístico para gerar a média de preços à vista, sem a incidência de ICMS. A divulgação de preços dá oportunidade para todos relatarem os parâmetros de negócios”, afirma.
A criação de um indicador de preços do feijão atende a uma antiga demanda da cadeia produtiva, que carecia de referência técnica para embasar as negociações de comercialização. Para Tiago Galina, vice-presidente do Sindicato Rural de Clevelândia, no Sudoeste do Paraná, o novo índice é uma excelente iniciativa para retratar o preço do produto de forma mais fiel e de acordo com a realidade das regiões produtivas.
*Sistema FAEP com edição