A atividade de piscicultura — que é a criação de peixes em tanques escavados, suspensos ou tanques redes, em águas de rio ou de mar — vem se fortalecendo em todo o país e a Cresol tem apoiado cooperados para o desenvolvimento da cultura. De acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), a produção em 2023 foi de cerca de 8,5 mil toneladas. A tilápia é o destaque entre os peixes cultivados e teve cerca de 3% de aumento na produção nacional quando comparado aos números de 2022.
Buscando o crescimento dessa atividade, estudos da Emater observaram a oportunidade de produção de peixes no município de Virmond, no Oeste do Paraná. Assim, foi criado o Programa de Incentivo aos Produtores de Peixes, que permite aos produtores o auxílio de hora máquina e acompanhamento técnico e de cultivo.
Uma das propriedades que iniciaram a cultura é a dos cooperados da Cresol Simone Schmeing Demétrio, 27, e Marcos José Demétrio, 31, do Sítio São José, localizado na comunidade Campo das Crianças. Há cinco anos, o casal iniciou os trabalhos na propriedade e tinha como objetivo fazer um açude para produção de peixes para consumo próprio. Porém, receberam a proposta da Emater e viram como uma oportunidade de gerar renda. “Quando iniciamos os nossos trabalhos, não imaginávamos que hoje estaríamos trabalhando nesse segmento. Logo iniciamos com os primeiros passos e há dois anos estamos produzindo, com seis açudes, três deles são voltados para o comércio”, conta Simone.
O principal peixe comercializado pela família é a tilápia, mas também são produzidas outras espécies e a renda da família é diversificada com fumicultura, feijão, milho e soja. “Hoje, ainda realizamos a comercialização informal dos peixes na propriedade. Muitos clientes nos procuram para pescar o seu próprio peixe ou adquirem por meio de encomendas os filés prontos. Algumas vezes, vamos às feiras municipais fazer a comercialização. Mas um dos nossos planos para o futuro é construir uma sala de abate para a preparação dos filés. Com isso, trabalhar também com os peixes juvenis, aumentar a produção, juntamente com o mercado da região, realizar especializações nesse ramo e tornar a piscicultura a nossa principal fonte de renda”, projeta Marcos.
Com o crescimento das demandas da propriedade, o casal empreendedor buscou apoio na Cresol para realizar os projetos. “Quando a proposta da Emater chegou até nós, por meio do Helton Bartoszik, engenheiro de Aquicultura, veio a necessidade de uma ajuda financeira, pois na piscicultura os custos para a execução são elevados. Então, pedimos essa ajuda para a Cresol, foi feito o custeio na cooperativa para a compra da ração dos peixes e dos alevinos. Desde 2013, somos cooperados. Com o início da ideia [da piscicultura], a cooperativa nos apoiou nesse sonho que está se concretizando. Além desse projeto que estamos executando, já tivemos outros serviços utilizados, como o crédito. Até o momento, nós nunca precisamos trabalhar com outra instituição financeira, pois a Cresol sempre nos atendeu bem e nunca teve burocracia nenhuma para conseguir, foi de fácil acesso”, destaca Marcos.
O projeto de desenvolvimento da piscicultura foi uma parceria da Prefeitura Municipal de Virmond com a Secretaria de Agricultura e de Meio Ambiente e a Emater. O objetivo era atender uma demanda dos próprios produtores, que estavam em busca de uma nova atividade. E, de acordo com o gerente da agência Cresol de Virmond, Diego Francisco Zappani, a cooperativa buscou apoiar os produtores rurais do município para que existisse, de fato, uma inserção da piscicultura como uma alternativa para gerar mais renda às famílias agricultoras.
* Assessoria Cresol.
