A estimativa para a produção de feijão no Paraná foi atualizada. Segundo dados do Deral (Departamento de Economia Rural), a produção deve ficar em 534 mil toneladas em uma área de 328 mil hectares . Os números representam um volume 12% menor que o potencial estimado anteriormente.
No relatório anterior, a produção era estimada em 604 mil toneladas. A redução é uma consequência do tempo seco e quente durante o desenvolvimento da cultura, tanto direta quanto indiretamente.
Isso porque, além dos déficits hídricos, o clima favoreceu a proliferação da mosca-branca e das doenças associadas a ela, comprometendo o enchimento de grãos. Os Campos Gerais foram a região mais afetada pelo cenário entre os grandes produtores do Estado.
Agora, porém, é o frio e a chuva que preocupam os produtores. As geadas previstas para os próximos dias geram apreensão nas lavouras que ainda possuem o cultivo na fase de enchimento de grãos.
A boa notícia é que a geada deve ser fraca na maioria das regiões. A colheita já ultrapassou 57% da área e apenas 10% das lavouras restantes do campo estão em fase suscetíveis a problemas, resultando em menos de 4% da área desta safra exposta.
A primeira semana de junho deve ser chuvosa para o Paraná, o que pode ser um problema já que grande parte das lavouras estão próximas da fase de colheita. Chuvas próximas da maturação podem gerar problemas de produtividade e, principalmente, de qualidade. Uma menor qualidade, por sua vez, impacta diretamente no preço do produto e pode levar mais produtores a operarem no prejuízo.
Apesar dos desafios, a oferta é grande o que favorece os consumidores. Os preços do feijão preto no varejo voltaram a recuar em maio, atingindo uma contração de 27% nos últimos 12 meses. O preço do feijão carioca apresentou estabilidade no mês de maio comparativamente a abril, porém acumula um recuo de 15% desde maio de 2024.