A colheita de trigo chegou a 1% no Paraná nesta semana, e inicialmente as produtividades obtidas são baixas e dificilmente cobrirão os custos nas primeiras áreas. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a região Norte concentra momentaneamente a atividade das colhedoras nos trigais e foi significativamente impactada pela seca registrada entre o final de maio e o início de julho, com municípios registrando mais de 40 dias sem chuvas.
Ainda conforme o Deral, em função desta estiagem, 14% das lavouras estaduais estão classificadas como ruins, 21% como médias e 65% como boas, apresentando certa estabilidade nas últimas semanas depois de piorarem bastante até a primeira semana de julho. Entre as lavouras ruins, aproximadamente 70% estão na região Norte.
De acordo com o Departamento, o desembolso aproximado de produção de um hectare de trigo, a preços de maio, foi estimado em R$ 3.236,02. No entanto, para receber este valor em sua produção, o triticultor paranaense precisaria vender 43 sacas de trigo, usando como referência o preço mais comum, praticado atualmente na praça de Londrina (R$ 76,00 a saca).
Porém, sem enfrentar condições climáticas adversas, seria perfeitamente possível produzir esta quantidade de sacas em um hectare, no entanto, a falta de chuvas restringiu as produtividades. Os relatos iniciais são de uma produtividade obtida entre 30 e 35 sacas por hectare nestas lavouras que enfrentaram a estiagem no pior momento, volume que provavelmente gera prejuízo ao produtor.
*Seab com edição
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