Paraná
Conheça um método alternativo para evitar prejuízo com formiga cortadeira
Anualmente, em meados de setembro, acontece a revoada das formigas cortadeiras. De cada formigueiro, cerca de 7 mil fêmeas, as içás, iniciam a formação de novas colônias após acasalar. Em menos de três meses centenas de indivíduos estarão em atividade, prontos para aumentar o tamanho do formigueiro, por vezes, avançando sobre áreas de pastagens e lavouras.
O ataque de formigas na região Noroeste do Paraná é grave. O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) promove, no próximo dia 21, uma tarde de campo a respeito do manejo da formiga cortadeira, em Assaí. Na oportunidade, os organizadores vão explicar como lidar com os insetos, usando produtos acessíveis; como a fumaça da queima de gasolina e lubrificante de motosserra para o controle dos formigueiros.
Valter Teixeira da Silva, extensionista do IDR-Paraná de Assaí, explicou que muitas vezes o produtor perde a batalha contra as formigas por não saber como usar os produtos disponíveis no mercado.
“Tem produtor que coloca pouco produto e aí não faz efeito mesmo. Ou então põe em excesso e as formigas detectam que é veneno, isolam o local e continuam ampliando o formigueiro”, explicou. De acordo com as recomendações técnicas, são necessários 10 g de isca, ou formicida em pó, por metro quadrado de formigueiro. Daí a importância de dimensionar corretamente o tamanho da colônia de formigas para um controle eficaz”, completou.
A Tarde de Campo promovida pelo IDR-Paraná de Assaí irá explorar outras dúvidas que prejudicam os produtores. A falta de conhecimento a respeito dos hábitos da formiga cortadeira, por exemplo, dificultam o seu controle. Como erros nos locais onde são colocadas as iscas, ou pó formicida.
Silva informou que os formigueiros têm vários orifícios com funções diversas. Ele explicou que a isca deve ser colocada apenas nos que são usados para a entrada das formigas carregando folhas. Do contrário, será apenas ignorada pelo formigueiro.
“As iscas também não devem ser colocadas sobre o caminho percorrido pelas formigas, mas ao lado. Só assim elas levarão o produto para dentro do formigueiro que vai comprometer o desenvolvimento do fungo cultivado pelas formigas e que alimenta os insetos”, observou o extensionista.
Para contornar os altos preços de outros métodos preventivos, Silva desenvolveu uma alternativa que usa uma motosserra adaptada a um kit de termonebulização. “A gente usa a fumaça tóxica da queima da gasolina e do óleo dois tempos que é injetada no formigueiro. Até os produtores orgânicos podem usar esse método, sem prejuízo para quem tem a certificação”, explicou.
A Tarde de Campo será realizada no dia 21, próxima quarta-feira, a partir das 14h, na PR 090, em frente à empresa Belagricola, em Assaí. Informações pelo telefone (43) 3262-4625.
AEN-PR com edição