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Como o El Niño pode intensificar as doenças no final do ciclo da soja?
O El Niño está afetando a agricultura de diversas formas. Ele pode intensificar o aparecimento de doenças no final do ciclo da soja, exigindo ainda mais atenção do agricultor
Com a chegada da colheita da soja, o aparecimento de algumas doenças é relativamente comum. No entanto, as altas temperaturas e as instabilidades das chuvas podem agravar esse quadro, gerando preocupação com as doenças no final do ciclo da soja.
Decorrentes do fenômeno El Niño, tanto a temperatura elevada quanto as chuvas irregulares são fatores que ligam o alerta de sojicultores, exigindo maior atenção e planejamento para reduzir perdas por doenças na soja.
Diante deste cenário, é bastante importante conhecer essas patologias e adotar estratégias de manejo fitossanitário para evitar prejuízos, a fim de ter um controle efetivo que promova a sustentabilidade no ambiente de produção.
Quais são as doenças no final do ciclo da soja que merecem maior atenção?
- Antracnose: apresenta lesões pequenas, circulares ou ovaladas, com coloração marrom-escura podendo ocorrer nas folhas, hastes e vagens.
- Crestamento foliar: apresenta a mesma etiologia da antracnose, porém com lesões de coloração marrom-avermelhadas.
- Mancha púrpura: ocorre predominantemente nas folhas ao final do ciclo da cultura, mas pode migrar para vagens e grãos em condições de alta pressão do patógeno, a doença apresenta manchas de coloração púrpura bem características.
- Mancha parda: também apresenta lesões pequenas, circulares ou ovaladas com coloração marrom-escura com um halo amarelado ao redor das lesões.
- Mancha olho-de-rã: tem lesões semelhantes a parda, no entanto apresenta pontuação escura característica ao centro da infecção e menor intensidade amarela na borda da lesão.
Estratégias de controle das doenças do final do ciclo da soja
Para prevenir e controlar o surgimento das doenças no final do ciclo da soja, é necessário, dentre outras decisões:
- Escolher cultivares com base no cenário climático e composição de portfólio, a fim de balancear característica genéticas de interesse com ciclos e potenciais produtivos aderentes ao ambiente de produção;
- Fazer rotação de culturas;
- Investir no manejo de solo e adubação;
- Fazer uso do tratamento de sementes;
- Investir no manejo fitossanitário baseado em monitoramento e rotação de princípios ativos.
*Agrishow com edição