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Abate de animais cresce no terceiro trimestre, com recorde de bovinos e suínos

Em relação ao mesmo período do ano passado, o abate de bovinos cresceu 12,2%, enquanto o de suínos cresceu 0,5%

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No terceiro trimestre deste ano, o abate de bovinos cresceu 12,2% em relação ao mesmo período de 2022, totalizando 8,93 milhões de cabeças. Esse é o maior número desde o início da série histórica da Estatística da Produção Pecuária, em 1997. A quantidade de suínos abatidos também atingiu o maior patamar da série iniciada no mesmo ano: 14,62 milhões de cabeças. Os dados foram divulgados na quinta-feira (07/12) pelo IBGE.  

Aumento – Em relação ao trimestre anterior, houve aumento de 5,5% no abate de bovinos. “Há um crescimento no abate de machos e, principalmente, de fêmeas. Entre 2019 e 2022, com o aumento do preço dos bezerros, os criadores passaram a reter as fêmeas. A partir do primeiro trimestre de 2023, houve a retomada do abate desses animais e a entrada dos bovinos reproduzidos naquele período no mercado, indo para os frigoríficos”, explica o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o abate de fêmeas aumentou 24,6%, enquanto o de machos subiu 5,5%.

Recorde – Já o abate de suínos, com o recorde de 14,62 milhões de cabeças, cresceu 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado e 2,9% na comparação com o trimestre anterior. O pesquisador destaca que, apesar de ter caído no trimestre anterior, o número de suínos abatidos está crescendo constantemente.

Consumo – “Esse aumento ocorre porque é um tipo de proteína que entra no consumo dos brasileiros pela oferta de cortes e embutidos de preparo prático e também porque é, em geral, mais barata que a carne de bovinos. As exportações também tiveram um novo recorde. Apesar da retração por parte da China, principal destino da carne exportada, outros países, como as Filipinas, o Vietnã e o México, têm importado esse tipo de proteína do Brasil”, destaca.

Frangos abatidos– O número de frangos abatidos chegou a 1,58 bilhão no trimestre. Isso equivale a um aumento de 3,2% no ano e de 1,4% no trimestre. “O abate de frangos não atingiu um recorde global para a série, mas atingiu o maior patamar para um terceiro trimestre. É uma proteína com bastante demanda, especialmente porque tem um valor mais acessível que as outras. No terceiro trimestre, as exportações se mantiveram em alta, também com o melhor resultado para o trimestre. Isso porque o Brasil é um país livre de gripe aviária nos frangos, o que facilita muito o comércio internacional”, diz o pesquisador. 

Carcaças – A produção de carcaças bovinas atingiu 2,38 milhões de toneladas no terceiro trimestre, um aumento de 10,0% no ano. Já as de frango somaram 3,32 milhões de toneladas, crescendo 3,6% no mesmo período. O peso das carcaças de suínos cresceu 2,5% no ano, chegando a 1,37 milhão de toneladas.

Com 1,06 bilhão de dúzias, produção de ovos de galinha atinge novo recorde – Outro recorde registrado pela pesquisa no terceiro trimestre foi o de produção de ovos. Cerca de 1,06 bilhão de dúzias foram produzidas no período, um crescimento de 2,3% no ano e de 1,0% no trimestre. “Desde 2020, a produção vem se expandindo, porque é uma proteína acessível e considerada um alimento saudável. Grande parte dessa produção (mais de 95%) vai para o mercado interno. Do volume total, cerca de 81,9% vão para alimentação e 18,1%, para a incubação, para reposição de frangos de corte e de aves poedeiras”, ressalta Viscardi. 

Aquisições – No mesmo período, foram adquiridos 6,23 bilhões de litros de leite cru pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária. O volume equivale a um crescimento de 1,3% frente ao mesmo trimestre do ano passado e de 8,6% em relação ao trimestre anterior. Cerca de 2,11 bilhões de litros foram adquiridos em agosto, o mês com maior captação no trimestre.

Preço médio– De acordo com a Estatística Experimental do Preço do leite cru pago ao produtor, também divulgada na quinta-feira (07/12) pelo IBGE, esse preço médio caiu 24,7% no ano e 14,4% no trimestre. Os pesquisadores observaram uma tendência de queda no trimestre, com os valores médios de R$ 2,45 em julho e R$ 2,19 em setembro.

* Agência IBGE Notícias.

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