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Chuvas no Brasil só devem se consolidar a partir de outubro

Foto: Ilustrativa

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Segundo alerta climático da Rural Clima, o mês de agosto foi marcado por temperaturas extremamente elevadas e baixos índices pluviométricos em praticamente todo o Brasil, inclusive na região Sul, onde as chuvas foram insuficientes. A tendência para setembro, segundo o agrometeorologista, Marco Antonio dos Santos, é de que o cenário climático de agosto se repita.

“Na primeira quinzena de setembro, as chuvas devem se concentrar mais no Sul, mas até nessa região, os maiores volumes estarão restritos à metade sul do Rio Grande do Sul. As chuvas mais significativas ocorrerão na quarta-feira, dia 4, com a chegada de uma nova frente fria, que trará precipitações para o RS, SC, algumas áreas do PR, do Paraguai e do extremo sul do MS”, explica Marco Antonio. No entanto, ele alerta que mesmo nas áreas mais favorecidas, não há previsão de volumes expressivos de chuva.

No restante do país, incluindo regiões centrais, Sudeste, Centro-Oeste, Matopiba, parte do Norte e do Nordeste, o tempo será extremamente seco nos próximos 15 dias. As temperaturas estarão muito acima da média para a época do ano, considerando que ainda estamos no inverno, com umidade relativa do ar muito baixa.

“O cenário começa a mudar na última semana de setembro, quando há uma possibilidade significativa de chuvas entre os dias 20 e 25 no Sudeste, Centro-Oeste e até no Matopiba. No entanto, essas precipitações não significam que a estação chuvosa tenha começado. Devemos enfrentar mais um período de seca após essas chuvas”, destaca o especialista.

De acordo com Marco Antonio, as chuvas só devem se consolidar em meados de outubro. “Há a possibilidade de boas chuvas no RS e SC na virada do mês, mas nada comparado a 2023, quando já estávamos sob a influência do El Niño com bastante intensidade. Este ano, estamos em neutralidade climática, sem influência de La Niña, que só deve se manifestar a partir de outubro, novembro ou dezembro”, explica.

Quanto às temperaturas, ele informa que haverá uma queda após a passagem da frente fria, mas sem riscos de geadas. “O grande ponto de atenção não é o frio, mas sim a falta de chuvas”, conclui Marco Antonio dos Santos.

*Safras e Mercado