A colheita do trigo segue em ritmo acelerado no Paraná e deve confirmar um recorde histórico de produtividade, mesmo diante das dificuldades impostas pelas chuvas durante o ciclo. Com 5,77 milhões de hectares de soja plantada no estado, a cultura se consolida como nossa principal produção.
Até o momento, 83% dos 819 mil hectares semeados em 2025 já foram colhidos, e os rendimentos médios ultrapassam 3.300 kg por hectare. Hugo Godinho, do Deral, ressaltou nas áreas ainda em fase final de colheita — concentradas principalmente no Sul do estado — que a expectativa é de resultados ainda melhores, o que deve consolidar a maior produtividade já registrada no Paraná, superando os 3.173 kg/ha alcançados em 2016.
O desempenho é considerado excepcional, sobretudo porque parte das lavouras enfrentou déficit hídrico, geadas e menor investimento em insumos. Mesmo assim, as condições climáticas favoráveis nas últimas semanas, com mais dias de sol, favoreceram a secagem dos grãos e impulsionaram a colheita.
Apesar do rendimento recorde, o volume total produzido será menor do que em outras safras, reflexo da redução de 25% na área plantada em relação ao ano anterior, que foi de 1,11 milhão de hectares. “A produção estimada é de 2,75 milhões de toneladas, cerca de 18% superior à de 2024 (2,32 milhões), mas ainda abaixo das 3,66 milhões de toneladas de 2023, quando o Paraná atingiu volume próximo à sua capacidade de moagem”, explica Godinho.
Portanto, mesmo com esse bom resultado, o volume colhido não será suficiente para atender à demanda da indústria paranaense, sendo, necessário trazer trigo de outros estados e até mesmo de outros países para atender o setor moageiro.
Com isso, o estado deve novamente colher menos trigo que o Rio Grande do Sul, que reassumiu a liderança nacional nos últimos anos.
*AEN-PR
 
															 
								 
									 
																		
									
									
								 
																	
																															 
								 
											 
											 
											 
											 
											 
											