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Tarifaço de Trump: veja os setores que escaparam da taxa de 50%

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Alguns setores brasileiros conseguiram escapar da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, enquanto outros foram diretamente atingidos pela medida.

O decreto assinado nesta quarta-feira (30) pelo presidente Donald Trump elevou em 40 pontos percentuais a alíquota sobre produtos brasileiros, mas também trouxe uma lista de 700 exceções que beneficiam segmentos estratégicos como o aeronáutico, o energético e parte do agronegócio.

Alguns dos principais produtos brasileiros conseguiram escapar da nova tarifa são:

 

  • Aeronáutico: a isenção cobre desde aeronaves completas até peças, motores, subconjuntos e até simuladores de voo.
  • Automotivo: veículos de passageiros — como sedans, SUVs, minivans e vans de carga — além de caminhões leves e suas respectivas peças e componentes, também foram isentos.
  • Energia e derivados: diversos produtos energéticos foram poupados da tarifa, incluindo carvão, gás natural, petróleo e derivados como querosene, óleos lubrificantes, parafina, coque de petróleo, betume, misturas betuminosas e até energia elétrica.
  • Agronegócio (parcialmente): alguns produtos agrícolas escaparam da sobretaxa, como suco e polpa de laranja, castanha-do-brasil, mica bruta, madeira tropical serrada ou lascada, polpa de madeira e fios de sisal. Fertilizantes amplamente utilizados na agricultura brasileira também foram isentos, o que ajuda a conter custos de produção no campo.
  • Mineração e metais: produtos como silício, ferro-gusa, alumina, estanho (em diversas formas), ouro, prata, ferroníquel, ferronióbio e produtos ferrosos obtidos por redução direta de minério de ferro foram poupados. Também ficaram de fora itens semiacabados e componentes industriais de ferro, aço, alumínio e cobre.
  • Eletrônicos: smartphones, antenas, aparelhos de gravação e reprodução de som e vídeo.

Entre os afetados estão justamente alguns dos itens mais exportados, como:

 

  • Café: o Brasil exportou quase US$ 2 bilhões em café para os EUA em 2024, o equivalente a 16,7% do total embarcado.
  • Carne bovina: os EUA são o segundo maior mercado para a carne bovina brasileira. Em 2024, foram 532 mil toneladas exportadas, com receita de US$ 1,6 bilhão. A Minerva estima que a tarifa pode reduzir em até 5% sua receita líquida.
  • Frutas: o setor exportou mais de 1 milhão de toneladas em 2023. A tarifa afeta diretamente 36,8 mil toneladas de manga, 18,8 mil toneladas de frutas processadas (principalmente açaí), 13,8 mil toneladas de uva e 7,6 mil toneladas de outras frutas.
  • Têxteis: não houve isenção ampla para o setor. Apenas itens muito específicos, como fios de sisal para enfardamento e produtos destinados a aeronaves civis, escaparam da tarifa.
  • Calçados: os calçados brasileiros não foram incluídos em nenhuma exceção específica e, portanto, estão sujeitos à tarifa integral.
  • Móveis: apenas móveis classificados como “artigos de aeronaves civis” foram isentos. Isso inclui assentos utilizados em aviões e móveis específicos de metal ou plástico destinados a esse uso. O restante do setor será tarifado, afetando exportadores de móveis residenciais e comerciais

 

*Reprodução G1

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