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Portos do Arco Norte lideram exportação de soja e milho no Brasil

Origem das cargas para exportação nos portos ocorreu, prioritariamente, dos estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul

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Os portos do Arco Norte seguem na liderança do escoamento de soja para exportação. De acordo com o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (24), 33,8% do total nacional da oleaginosa foram expedidos no último mês de dezembro por lá, contra 32,7% do acumulado do ano passado.

Por Santos (SP), foram escoados 30% do grão, contra 32,7% do exercício anterior. Já as exportações de soja pelo porto de Paranaguá totalizaram 14,1% do montante nacional, contra 13% no mesmo período do ano anterior.

A origem das cargas para exportação ocorreu, prioritariamente, dos estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Embarques de milho

Já no caso do milho, mesmo com os percentuais de queda apontados no último mês de dezembro, os portos do Arco Norte chegaram a exportar 41,6% da movimentação nacional do cereal, contra 44,7% no mesmo período do ano anterior. Na sequência, estão os seguintes:

  • Porto de Santos: 38,2% da movimentação total, contra 36,9% no mesmo período do exercício passado;
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): 8,2% dos volumes embarcados (3,7% em igual período do exercício anterior); e
  • Porto de Paranaguá (PR): 7,6% (11,6% do ano passado).

Os estados que mais atuaram nas vendas para exportação foram Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Dados gerais de exportação de soja

Foto: Agência Brasil

O Boletim Logístico registra ainda os dados gerais de exportação. Para a soja, aponta-se que 3,83 milhões de toneladas foram exportadas em dezembro do ano passado, contra 5,20 milhões do mês anterior e 1,94 milhão em igual período de 2022.

No período de janeiro a dezembro de 2023, as exportações da oleaginosa atingiram 101,8 milhões de toneladas contra 78,7 milhões, ocorridas no mesmo período do ano anterior – incremento de 29,2%.

Os fatores de alta foram o aumento da importação de óleos vegetais pela China e a possível antecipação de compra dos agentes internacionais, explicada pela decisão do Conselho Nacional de Política Energética de aumentar o aporte de biodiesel na mistura ao óleo diesel, de 12% para 14% a partir de março deste ano, o que deverá aumentar a demanda pela soja no mercado doméstico.

Projeta-se que o percentual suba para 15% nesse período, o que deverá manter as cotações internas acima dos preços externos ou, pelo menos, estimular a disputa pela oleaginosa.

Fretes rodoviários

Com relação aos preços de fretes rodoviários, o Boletim da Conab aponta que houve tendência de leve queda das cotações em Mato Grosso. O esfriamento nesse mercado foi registrado e deve persistir neste mês, à espera da colheita da soja, momento em que há uma intensificação no fluxo.

A perspectiva de uma menor produção de soja e milho em 2024 no estado tem refletido nas projeções de ganhos com frete para este ano. Ainda assim, o patamar de preços, tendo Mato Grosso como origem, encontra-se elevado, com valores inéditos para dezembro.

“Trata-se de um novo nível de preços, e não há qualquer perspectiva de que o mercado possa retroceder aos patamares prévios”, destaca o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.

“Além da necessidade de escoamento das safras recordes de soja e de milho, influem nisso também o atraso na negociação geral ao longo do ano passado por questões mercadológicas e as dificuldades fluviais no escoamento para o Arco Norte, que acarretaram em dificuldades logísticas e demandaram replanejamento de rotas”.

Outros estados também apresentaram baixa nas cotações de frete:

  • Mato Grosso do Sul: experimentou oscilações de preços em função da baixa disponibilidade de produtos para transporte;
  • Goiás: os fretes na região do entorno de Rio Verde encontravam-se em baixa em razão da demanda e da pouca oferta de caminhões;
  • Distrito Federal: registrou variações negativas em todas as rotas pesquisadas;
  • Bahia: queda nas cotações dos fretes nas regiões de primeira safra e tendência de alta na região das de terceira safra, sendo influenciada principalmente pela variação da demanda;
  • Piauí: continuou com preços mais baixos em relação ao mês anterior;
  • Maranhão: verificou-se baixa oferta de fretes rodoviários com destino ao porto do Itaqui, em São Luís, e para o Terminal da Ferrovia Norte-Sul, em Porto Franco, com redução de preços;
  • Minas Gerais: os fretes mantiveram patamares de preços muito semelhantes aos do mês anterior nas praças acompanhadas pela Conab;
  • Paraná: variações positivas para os destinos pesquisados.

* Canal Rural.

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