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Parceria vai aprimorar a genética Purunã

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Uma parceria firmada entre o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e a UFPR (Universidade Federal do Paraná) pretende elevar o patamar genético e tecnológico da raça Purunã, primeiro bovino de corte desenvolvido no Estado e reconhecido pela qualidade da carne, rusticidade e bom desempenho produtivo.

Com duração prevista de três anos, o projeto vai utilizar o que há de mais avançado em ciência animal, reprodução e avaliação genética. A meta é consolidar e ampliar as qualidades do Purunã — como ganho de peso, eficiência alimentar, precocidade e rendimento de carcaça — e, ainda, incorporar recursos para acelerar a consolidação da raça, explica o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza. “O trabalho prevê o uso de modernas técnicas genômicas e o fortalecimento da estrutura de apoio aos pecuaristas que adotam a raça”, ela acrescenta.

A iniciativa combina a experiência do IDR-Paraná no desenvolvimento, avaliação de rebanhos e difusão de tecnologias da raça com a capacidade técnica e científica da UFPR para realizar análises genômicas, aplicar biotecnologias da reprodução e conduzir estudos sobre nutrição, bem-estar animal e sustentabilidade. Estudantes de graduação e pós-graduação participarão de todas as etapas, o que vai garantir a formação de novos profissionais e a geração de conhecimento aplicado ao campo.

Entre os resultados previstos estão um catálogo atualizado de touros melhoradores, a produção e comercialização de embriões de alta qualidade genética, a ampliação da base de dados genômicos da raça e a criação de protocolos específicos de manejo reprodutivo e nutricional. Também está prevista a oferta de cursos e eventos técnicos para capacitar pesquisadores, extensionistas, técnicos e criadores.

Os primeiros resultados devem aparecer já a partir do segundo ano de execução do projeto. A expectativa é que, ao final, a cadeia da carne bovina se torne mais competitiva e sustentável. Com animais mais produtivos e adaptados, será possível reduzir a idade de abate, aproveitar melhor a alimentação, aumentar o rendimento de carcaça e, assim, melhorar a rentabilidade para os pecuaristas.

“Para além dos números, a parceria reafirma o papel das instituições públicas de pesquisa e ensino na oferta de soluções tecnológicas que dialogam com a realidade do produtor”, conclui o diretor-presidente.

A raça

Desenvolvida ao longo de mais de três décadas pelo IDR-Paraná, Purunã é resultado do cruzamento controlado de quatro raças: o Charolês, que garante elevado ganho de peso e rendimento de carcaça; o Aberdeen Angus, que oferece precocidade e carne de qualidade, com bom marmoreio; o Canchim, conhecido pela rusticidade e adaptação; e o Caracu, raça nacional que agrega resistência ao calor, rusticidade e habilidade materna. O resultado é um bovino de pelagem clara, temperamento dócil e excelente desempenho produtivo, capaz de se adaptar tanto a sistemas extensivos de cria e recria quanto ao confinamento.

Purunã é reconhecido por unir genética superior e características apropriadas a diferentes sistemas de produção. É o primeiro bovino para corte desenvolvido no Paraná e também o pioneiro a ser obtido em um centro estadual de pesquisa no Brasil. Seu nome é uma homenagem à Serra do Purunã, localizada bem próxima da Estação de Pesquisa Fazenda-Modelo, unidade do IDR-Paraná em Ponta Grossa onde foi desenvolvido todo o trabalho de cruzamentos e seleções para chegar à nova raça.

Curso

Como parte das atividades do projeto, na última semana foi realizado na sede de pesquisa do IDR-Paraná, em Londrina, um curso de genômica, ministrado pelo professor Flávio Schenkel, da Universidade de Guelph (Canadá). O encontro reuniu 30 participantes, entre pesquisadores, docentes e estudantes de mestrado e doutorado de diversas universidades do Paraná.

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