‘Hoje somos mais protagonistas’, diz produtora de Irati sobre as mulheres rurais


Com uma presença cada vez mais forte em todos os setores da produção rural, as mulheres têm assumido muito além da casa em uma propriedade. De cuidados com a plantação a gerenciamento, elas têm liderado iniciativas de inovação e sustentabilidade, se mostrando um fundamental agente de mudança de visão na área rural.

Regiane Filla Sczepanski (43 anos) é um exemplo da mulher rural que atua em várias frentes. Na propriedade, localizada na comunidade de Monjolo, em Irati, ela e o marido Anísio trabalham em sociedade com o sobrinho Douglas. “Uma parceria que vem há mais de dez anos, e contamos com a ajuda de mais dois irmãos de meu marido, Roberto e Laertes e também de meu sobrinho Alisson, que é como nosso filho”, comentou Regiane.

A família cultiva uma variedade de produtos, incluindo soja, feijão, milho, aveia, mandioca, batata doce, melancia, tomate e frutas para consumo próprio. De acordo com a produtora, a produção de feijão e soja são as maiores fontes de renda.

Além de cuidar da casa e da criação, Regiane contribui ativamente nas atividades agrícolas, auxiliando seu marido Anísio em todas as etapas da lavoura, desde o plantio até a colheita. “Nosso trabalho é com os caminhões, carregando a produção na lavoura e levando para descarregar na empresa e também as questões financeiras, como pagamentos, assuntos relacionados à banco e também questões burocráticas com documentos e declarações”, contou.

DESAFIOS

Para Regiane, o maior desafio na agricultura atualmente é manter a estabilidade diante das constantes oscilações de preços dos produtos, tanto na compra quanto na venda. Ela reconhece a dificuldade em acompanhar todas as informações para tomar as melhores decisões em um ambiente tão dinâmico.

Ela ressalta o papel fundamental das mulheres no setor agrícola, destacando que, ao longo do tempo, elas têm ganhado mais espaço e visibilidade no setor. “As mulheres sempre estiveram no agro, até muito mais quando a mão de obra era mais manual, só que eram sempre a mão de obra. Hoje somos mais protagonistas, pois temos um maior poder de decisão junto ao marido ou até mesmo sozinhas. Sabemos que nós também conhecemos muito de agricultura, coisa que antes a mulher só tinha que obedecer sem questionar ou dar sua opinião”, comentou Regiane.

Para a produtora, trabalhar no campo, vai além de uma simples profissão. “Viver na agricultura é saber que você faz parte do sustento da humanidade como um todo, agricultura é esperança, é qualidade de vida, é natureza, criada por Deus e cuidada pelo agricultor. É também saúde e muita labuta”, finalizou a agricultora.

*Redação/Daiara Souza | Foto: Arquivo pessoal

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