Cebola, alface e batata registram nova alta nos preços no atacado

Por mais um mês, cebola, alface e batata ficaram mais caras nos principais mercados atacadistas analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É o que mostra o 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quarta-feira (20).

A mudança da região fornecedora de cebola, do Centro-Oeste e Sudeste para o Sul do país, continua a exercer pressão de alta nos preços de comercialização do bulbo, que registrou uma alta na média ponderada de 38,01%. 

No caso da alface, a elevação das cotações ficou na média ponderada de 26,85%, apesar da ligeira alta de 1,1% na quantidade ofertada da folhosa nos mercados atacadistas, mesmo com chuvas e altas temperaturas.

Em contrapartida, o tomate teve queda nos preços de 10,28% na média. A redução pode ser explicada pela oferta elevada. Nas 11 Ceasas analisadas pela Companhia, a quantidade disponível do produto bateu novo recorde e caracterizou-se por ser o maior nível do ano. 

A cenoura foi outro produto que registrou baixa na média ponderada das cotações, mas em percentual mais ameno, em torno de 2,6%, mesmo com a comercialização da raiz se mantendo nos maiores níveis registrados no ano. 

Frutas

Entre as frutas, o mamão teve a maior queda registrada na cotação. Assim como a cenoura, o aumento da demanda na maioria das Ceasas analisadas não trouxe reflexos de alta nos preços por conta da boa oferta tanto da variedade papaya quanto da formosa. O forte calor contribuiu para acelerar o amadurecimento da fruta e, assim, elevar a quantidade de produto disponível nos atacados.

Para a maçã, os estoques estão baixos, porém, houve queda na demanda devido à concorrência com as frutas de fim de ano, refletindo em uma diminuição dos preços de 3,43% na média. Enquanto isso, a melancia registrou estabilidade nas cotações. 

Já a banana ficou mais cara em 13,84% na média ponderada. A demanda se manteve regular, porém, a quantidade de produto nas Ceasas analisadas foi reduzida, influenciada pela menor produção nas principais regiões produtoras. 

Alta também para a laranja, chegando a 6,97% na média, explicada pelo aumento da demanda interna, seja pelas altas temperaturas verificadas ou pela procura da indústria produtora de suco. Este cenário contribuiu para que os preços pagos aos produtores atingissem níveis recordes.

*Conab com edição

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