A colheita da segunda safra de feijão chegou a 22% da área dedicada à cultura. Isso gerou uma oferta de mais de 120 mil toneladas ao longo de abril, especialmente. Mesmo com registro de problemas de produtividade, o volume colhido é importante especialmente para o feijão preto, o mais comum no estado.
Consequentemente, os preços deste tipo de feijão tiveram mais um mês de baixa e os produtores receberam em média R$ 140,20 por saca em abril, valor 16% mais baixo que o de março (R$ 166,26). Com menos oferta local, o feijão carioca se descolou ainda mais dos preços do preto, registrando uma média de R$ 216,00 em abril, 6% superior à de março.
No mercado atacadista a situação se repete, com o preço do feijão carioca se valorizando enquanto o feijão preto se retrai. A boa notícia é que no varejo a concorrência do feijão preto impactou também o preço do carioca, com ambos apresentando preços 3,6% mais baratos em abril do que em março.
Ainda assim, a retração no preço do feijão preto se destaca considerando um período mais longo, com desvalorização de 27% nos últimos 12 meses, contra -19% do carioca. Tal situação mostra uma aceitação cada vez maior do feijão preto pelos consumidores.
*Seab