Produção de morango se destaca na região de Curitiba e cresce em todo Paraná
Os morangos semi-hidropônicos já ganharam fama na região e muita gente busca direto a propriedade para comprar a fruta.
“Estamos construindo também uma estufa-escola dentro do parque municipal, que será a nova sede da Secretaria da Agricultura. Lá poderemos fazer testes de adubação, dias de campo, promover cursos. Tudo para capacitar cada vez mais os agricultores”, explica.
Para tentar promover a industrialização do morango produzido no município, trazendo maior valor agregado ao produto, a prefeitura está incentivando a formação de uma cooperativa local que, segundo a secretária, está praticamente formada.
“Sabemos que o morango chega num ponto que o grau de maturação não permite a venda, mas ele poderia ser aproveitado para ser vendido congelado ou como polpa. Com a criação desta cooperativa poderemos levar a produção de Mandirituba para mais lugares”, afirma Alessandra.
Kátia Estela Tsuneta Matsui se dedica ao cultivo de morangos há 25 anos no município. Na propriedade da família são colhidas cerca de 20 toneladas por ano, distribuídas diretamente para mercearias, quitandas e pequenos mercados. “Fazemos a venda direta para o consumidor. Assim, conseguimos ganhar um pouco mais, sem passar por atravessadores”, diz.
Com a criação da cooperativa municipal, Kátia espera conseguir reunir um grupo de produtores para ter mais volume e comercializar para grandes redes de supermercados. “Como são produções pequenas, um produtor sozinho dificilmente consegue atender uma rede. Mas, juntos, podemos eliminar atravessadores e fornecer para redes maiores, aumentando o nosso lucro”, afirma.
O extensionista do IDR-Paraná Luiz Gustavo Lorga, que atende os municípios de Mandirituba e Fazenda Rio Grande, diz que o apoio à produção envolve desde a implantação do sistema até o pós-colheita. Os produtores também recebem capacitação, em parceria com prefeituras, Senar, Sebrae e Universidade Federal do Paraná (UFPR). E os benefícios são inúmeros. A fruta representa fonte de renda, possibilidade de fixação da família na propriedade rural e de utilização de pequenas áreas com alto Valor Bruto de Produção.
“Isso acaba tornando algumas áreas improdutivas em locais onde podem ser utilizadas as estufas, porque a cultura depende das bancadas, não do solo”, explica Lorga.
Além dos padrões de consumo na pandemia, que levaram parte da população a comprar mais frutas, a mudança da “imagem” do morango também é responsável pelo aumento da demanda. Se anos atrás o produto era considerado um vilão pelos consumidores por conta dos agrotóxicos, hoje, com o uso consciente de agroquímicos, esse cenário está se transformando. “Também foram introduzidas variedades muito saborosas na Região Metropolitana, o que tem atraído compradores”, completa o extensionista.
Nas capacitações, os agricultores aprendem a utilizar recursos biológicos da própria propriedade, com microorganismos eficientes, para evitar a proliferação de pragas. Com isso, reduzem custos, melhoram suas condições de trabalho e garantem um produto mais saudável. Lorga destaca ainda o trabalho desenvolvido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para fortalecer a segurança alimentar.
Fonte : Agência de Notícias do Paraná
Comentários