Safra de tabaco sofre queda de 16% no Paraná

Com a colheita encerrada, a produção de tabaco no Paraná totalizará 144,4 mil toneladas, o que representa uma redução de 16% em relação ao ciclo anterior, apesar da expansão da área cultivada em 4%, passando de 72 mil para 74,6 mil hectares. A informações consta no Boletim Semanal da Conjuntura da Agropecuária Paranaense, divulgado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) 

Essa diminuição é atribuída principalmente à falta de luminosidade entre os meses de outubro e novembro, que dificultou o desenvolvimento vegetativo das plantas, bem como ao encharcamento das áreas, resultando em perdas totais de lavouras e dificuldades no enraizamento das plantas, limitando seu potencial de crescimento. 

Esses fatores resultaram em produtividades inferiores a dois mil kg/ha, repetindo as perdas ocorridas no ciclo 15/16, também influenciado por um El Niño intenso. O declínio na produção foi maior do que a valorização dos preços até o momento. A média de preços recebidos pela arroba do fumo de estufa foi de R$ 295,18 em março de 2023, 12% maior do que os R$ 263,83 praticados em março de 2024. Isso resultará em uma queda no Valor Bruto da Produção (VBP) do tabaco em 2024 em comparação com 2023, ano que foi muito positivo para os produtores, com maior produção e preços elevados. 

Apesar disso, o VBP do tabaco continuará representando cerca de 1% do total das culturas no estado do Paraná, ainda que para alguns municípios do Sudeste paranaense o produto possua uma importância mais significativa. Em São João do Triunfo, por exemplo, o tabaco representa mais da metade da renda agrícola, enquanto em Rio Azul, Piên e Guamiranga, pelo menos um terço. Esses municípios devem sentir mais as perdas, estimadas em aproximadamente R$ 700 milhões. 

*Seab/Redação

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